16.2.06

Principias meus verbos

Aqui se inicia. O quê? Por quê? Onde na cadência do verbo a questão surge de indubitável razão aparente. A contradição das palavras faz aumentar o temor pelo caos transfigurado das contorções fonéticas. Meu medo é o teu. O de não saber se devo ou não devo, se existo ou não, que raios faço aqui.

O mundo é surreal enquanto vivo. O verso é uma fuga. A interrogação inunda o brilhantismo. Beijo porque beijo como porque como posso porque não faço porque amo gozo porque gôzo vale porque nada invade... Esqueci as vírgulas. Perguntas estreladas.

3 comentários:

Anônimo disse...

Só tenho uma palavra que resume tudo: CARAAALHO!!!! mas pra que se preocupar com vírgula numa orla dessas? se bem que as vírgulas cadenciam a palavra e a palavra é o auto-retrato que pintamos aos outros, e eu te vejo como tu quer que eu veja, e a perda das vírgulas é a perda da calma? a perda da calma é a perda do verdadeiro retrato? o verdadeiro retrato existe? o verdadeiro retrato é a nossa essência, se perdemos as vírgulas perdemos a nossa essência?
perguntas estreladas

Anônimo disse...

esse coment o dono do blog me mandou por mail, em réplica ao meu coment acima, acho que devo compartilhá-lho:

"A questão da vírgula é complexa e difusa, depende do caso. Às vezes, eu acho que a perda da vírgula significa a perda do sentido ou da cadência ou do ritmo ou da disciplina, varia muito. E depende também da interpretação da pessoa que lê.

De vez em quando o cara pensa que só quer por exemplo continuar escrevendo sem interrupções sem obstáculos e aí tira fora as vírgulas tira fora o entrave que não o deixava fluir. Muitas vezes volta atrás depois pra botar a vírgula, ou não, quem sabe?

É também uma questão de liberdade, fazer o que quiser. Deixar o pensamento seguir, sem parar para pontuar questões normativas. E é legal que pode deixar um texto aberto, cheio de interpretações diferentes."

Anônimo disse...

adorei o seu blog...sensível e intenso como vc...
saudades da família gaúcha.
bjs